• Resultados

    Confira abaixo o alcance desta ação e os resultados da atuação direta das lideranças em seus territórios!
     

    A análise preliminar das informações permite compreender a situação de desigualdade em que vive a população do estado do Rio de Janeiro:
     

    Quer receber o Relatório Final com os dados completos ao final do projeto AGORA É A HORA!?

  • - Dados Gerais -

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    O Rio de Janeiro é dividido em 92 municípios e oito regiões.

    As ações do Agora é a Hora foram realizadas em 10 municípios (Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Queimados, Belford Roxo, Magé, Rio de Janeiro, Niterói, Cabo Frio e Búzios) mas alcançaram pessoas de 17 municípios do Estado do Rio de Janeiro.

     

    Desses, houve uma concentração de pessoas alcançadas na Região Metropolitana (97,4%), mas também na Região da Baixada Litorânea e Região Serrana do estado.
     

    O município com o maior cadastramento de pessoas foi Duque de Caxias (48%), seguido pelo Rio de Janeiro (27,8%), Nova Iguaçu (5,2%), São João de Meriti (5,2%) e Belford Roxo (4,9%).

    *Este número refere-se ao numero de pessoas contactadas diretamente pelas lideranças do projeto, seja pela entrega de outras cestas e itens de higiene ou por suporte ao cadastramento no programa governamental (Municípios da Baixada Fluminense). O projeto Agora é a Hora! distribuiu, de Abril a Julho, 11.585 cestas de alimentação.

    - Raça e Gênero -

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    88,7% das pessoas alcançadas são negras

    Sendo desse total, 57% pretas e 31,6% pardas.

     

    O segundo maior grupo é de brancos, representando 10,3% das pessoas cadastradas.

     

    As demais estão divididas entre amarela (0,95%), indígena (0,02%) e 0,05% não identificadas.

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    Quando perguntadas sobre sua identidade de gênero, 82% das pessoas se identificaram como mulher cis gênero.

     

    Em seguida, homens cis que corresponderam a 15,5% das pessoas alcançadas por nossas ações, e mulheres trans ou travestis (1,5%), representando em números absolutos 24 mulheres trans ou travestis, e 0,4% referente a homens trans, que somaram 6 de nossos participantes.

    *Dados relativos a 1473 cadastros realizados entre 6 de junho e 20 de julho, mas que acompanha a tendência percebida no restante das cadastradas.

    - Perfil domiciliar -

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    47.9% das pessoas cadastradas vivem em domicílios com 3 a 4 pessoas.

     

    O segundo maior grupo são os que vivem em casas com 1 a 2 moradores (24%) e os que vivem com 5 a 6 moradores (21,6%).


    O número de cadastradas que vivem com mais de 10 pessoas na mesma residência também chama atenção, porque apesar de representar apenas 0,6% do total, ao somarmos com as pessoas que vivem com 9 a 10 moradores em casa, temos um número absoluto de mais de 100 pessoas cadastradas nessa condição.

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    72,48% do total de participantes afirmou ter crianças em casa. 26,68% afirmou ter 1 criança em casa, seguido por 2 crianças (24,30%), 3 crianças (12,26%) e 4 crianças (5,41%) do total.


    Ao olharmos para o perfil de pessoas que moram com idosos, esse cenário se inverte. 73,08% dos participantes afirmou não viver com nenhum idoso em casa, enquanto 26,92% do total afirmou viver com idosos.


    Em uma visão geral, o número de pessoas vivendo com apenas 1 idoso é maioria, correspondendo 18,94% do total de pessoas cadastradas, seguido por 2 idosos, 7,14% do total.

    81% das entrevistadas moram em uma casa onde ninguém tem carteira assinada

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    80% das pessoas cadastradas nos indicaram viver com pelo menos 1 pessoa desempregada, enquanto apenas 20% indicaram não ter nenhuma pessoa desempregada morando com ela.


    56,2% das pessoas cadastradas nos informaram que vivem com pelo menos 1 trabalhador informal ou autônomo e 64,6% afirmaram ter tido sua renda impactada após o início da pandemia.
     

    Entre os que afirmaram ter tido a renda totalmente impactada após o início da pandemia, 85,3% são negros.
     

    Entre as principais causas associadas estão o impacto da pandemia no trabalho autônomo/informal, que atingiu cerca de 55,89% do total de pessoas alcançadas por nossas ações, além de situações como demissão (3,7%), empregadores que simplesmente deixaram de pagar o salário (0,08%) e perda de emprego de familiares (0,08%).


    Em um segundo momento de cadastramento de beneficiários de nossas ações, 26,6% afirmaram que já estavam sem renda ou com uma renda insuficiente, antes mesmo da pandemia.

    *Dados relativos a 1473 cadastros realizados entre 6 de junho e 20 de julho, mas que acompanha a tendência percebida no restante das cadastradas.

    - Problemas com o Auxílio -

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    Milhares das pessoas alcançadas pelo projeto encontraram pelo menos um problema no processo de cadastramento no auxílio. E foram muitos os tipos de problema.

     

    Estamos sistematizando esses dados para poder compreender quais foram os problemas mais recorrentes e que soluções funcionaram para resolvê-los.

     

    Um dado relevante nesse sentido é que 54.3% das pessoas cadastradas não possuíam o cadastro no sistema CadÚnico.

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    Ou seja, mais da metade das pessoas que buscaram auxílio, não tinham o cadastro no que, em um primeiro momento do programa foi considerado o pré-requisito para recebimento automático do auxílio.

    “Com a situação de pandemia estas desigualdades tornam-se indisfarçáveis, uma vez que é a população negra que: mais adoece e morre; enfrenta no cotidiano o desmantelamento das políticas públicas sociais; é o segmento mais afetado com a redução/interrupção de renda pelo distanciamento social (como no caso das(os) trabalhadoras(es) domésticos sem carteira assinada) e o mais atingido pelo desemprego (PNAD-COVID-19, 2020)”.

    (Relatório Parcial, CRIOLA, 2020)